A guerra civil na Síria, iniciada em 2011, ganhou novos capítulos neste sábado (7), com um avanço estratégico dos rebeldes da Organização para a Libertação do Levante (HTS). O grupo jihadista capturou as cidades de Quneitra, na fronteira com Israel, e Sanamayn, a apenas 20 km ao sul de Damasco, aproximando-se perigosamente da capital síria.
Avanços Relevantes dos Rebeldes
Nas últimas 48 horas, os insurgentes consolidaram o cerco a Homs, cidade estratégica que conecta Damasco à costa mediterrânea. Eles já haviam tomado Aleppo, Hama e Deir el-Zor, forçando a retirada das tropas governamentais de várias áreas.
A ofensiva surpreendeu o regime de Bashar al-Assad, enfraquecido pelo envolvimento dos aliados Rússia, Irã e Hezbollah em outros conflitos, como a guerra na Ucrânia e as tensões com Israel.
Reações Internacionais e Implicações
O avanço dos rebeldes ocorre em um momento de fragilidade política internacional. Autoridades do Egito e da Jordânia pressionaram Assad a deixar o país. No entanto, o líder sírio, no poder há 24 anos, ainda conta com apoio estratégico da Rússia e do Irã, mesmo que enfraquecidos.
Contexto do Conflito na Síria
A guerra na Síria começou durante a Primavera Árabe em 2011, com protestos pacíficos reprimidos violentamente pelo governo. A insatisfação popular levou à formação de grupos rebeldes e militares desertores, desencadeando uma guerra civil de proporções devastadoras. Desde então:
Mais de 500 mil pessoas morreram;
6,8 milhões de sírios foram deslocados para outros países;
Assad mantém o controle sobre cerca de 70% do território, com os rebeldes e forças estrangeiras ocupando o restante.
A recente ofensiva rebelde reacende a disputa pelo poder e promete redesenhar os mapas da guerra.
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